O estudante Yuran Clisma da Costa dos Santos, de 14 anos,
baleado na manhã desta terça-feira (20), no Conjunto Panatis, morreu por
volta das 10h40 de hoje. O adolescente não resistiu aos ferimentos e,
mesmo após trabalho dos médicos do hospital Santa Catarina, faleceu
devido ao tiro que sofreu na região do tórax.
Yuran
Clisma era aluno da Escola Estadual Josino Macedo, do Panatis, e foi
baleado quando chegava para assistir aulas. Por volta das 7h10, um homem
sem camisa, em uma bicicleta, e usando boné vermelho abordou o
adolescente e efetuou os três disparos, com um acertando o tórax e
perfurando órgãos. O bandido fugiu e passou em frente à Josino Macedo,
enquanto Yuran Clisma foi socorrido por populares.
O
estudante era filho único e não tinha passagem pela polícia. A mãe do
adolescente, que preferiu não se identificar, foi até a delegacia de
Plantão da Zona Norte onde presta queixa sobre o caso e disse que
acredita na ligação da morte com a morte de outro adolescente na semana passada.
Ela desconfia que pode haver ligação entre os crimes porque o filho
disse que desconfiavam que ele estivesse envolvido na morte de jovem de
torcida organizada.
Ainda não há a confirmação sobre qual delegado da Polícia Civil vai tomar frente do caso.
Insegurança
De
acordo com a mãe de Yuran Clisma, o adolescente estava com medo de ir à
escola porque já seria alvo de criminosos. Antes do homicídio de hoje, o
estudante, segundo a mãe, já teria sido ameaçado e sofrido tentativa de
homicídio, o que fez com que Yuran Clisma deixasse de ir à aula em
algumas oportunidades. O estudante pretendia retornar hoje às aulas.
Na
escola, a direção decidiu suspender as aulas após o incidente. Segundo o
diretor da instituição, João Varela, os crimes são constantes nos
arredores da escola, apesar da presença da Ronda Escolar. Para se
proteger de criminosos, a escola conta com 25 câmeras de segurança, mas
nenhuma dela na parte externa do prédio.
Sobre
Yuran Clisma, o diretor explicou que o aluno tinha dificuldades em
acompanhar a turma e que já havia repetido de ano. O jovem cursava o 6º
ano, na turma B, e tinha um comportamento considerado satisfatório. "Ele
dava trabalho para estudar, mas não se envolvia em badernas ou atos de
violência na escola", disse o diretor, apesar de relatar que havia
informações sobre o uso de drogas por parte de Yuran fora da escola.
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