terça-feira, 20 de agosto de 2013

Morre estudante que foi baleado quando ia à escola

O estudante Yuran Clisma da Costa dos Santos, de 14 anos, baleado na manhã desta terça-feira (20), no Conjunto Panatis, morreu por volta das 10h40 de hoje. O adolescente não resistiu aos ferimentos e, mesmo após trabalho dos médicos do hospital Santa Catarina, faleceu devido ao tiro que sofreu na região do tórax. 
Aluno foi alvejado quando chegava à escola estadual Josino Macedo
Yuran Clisma era aluno da Escola Estadual Josino Macedo, do Panatis, e foi baleado quando chegava para assistir aulas. Por volta das 7h10, um homem sem camisa, em uma bicicleta, e usando boné vermelho abordou o adolescente e efetuou os três disparos, com um acertando o tórax e perfurando órgãos. O bandido fugiu e passou em frente à Josino Macedo, enquanto Yuran Clisma foi socorrido por populares.


No hospital, o adolescente precisou receber sangue durante o procedimento cirúrgico, que durou mais de duas horas. No entanto, o hospital confirmou o falecimento do estudante, que não resistiu aos ferimentos.

O estudante era filho único e não tinha passagem pela polícia. A mãe do adolescente, que preferiu não se identificar, foi até a delegacia de Plantão da Zona Norte onde presta queixa sobre o caso e disse que acredita na ligação da morte com a morte de outro adolescente na semana passada. Ela desconfia que pode haver ligação entre os crimes porque o filho disse que desconfiavam que ele estivesse envolvido na morte de jovem de torcida organizada.  

Ainda não há a confirmação sobre qual delegado da Polícia Civil vai tomar frente do caso.

Insegurança

De acordo com a mãe de Yuran Clisma, o adolescente estava com medo de ir à escola porque já seria alvo de criminosos. Antes do homicídio de hoje, o estudante, segundo a mãe, já teria sido ameaçado e sofrido tentativa de homicídio, o que fez com que Yuran Clisma deixasse de ir à aula em algumas oportunidades. O estudante pretendia retornar hoje às aulas.

Na escola, a direção decidiu suspender as aulas após o incidente. Segundo o diretor da instituição, João Varela, os crimes são constantes nos arredores da escola, apesar da presença da Ronda Escolar. Para se proteger de criminosos, a escola conta com 25 câmeras de segurança, mas nenhuma dela na parte externa do prédio.

Sobre Yuran Clisma, o diretor explicou que o aluno tinha dificuldades em acompanhar a turma e que já havia repetido de ano. O jovem cursava o 6º ano, na turma B, e tinha um comportamento considerado satisfatório. "Ele dava trabalho para estudar, mas não se envolvia em badernas ou atos de violência na escola", disse o diretor, apesar de relatar que havia informações sobre o uso de drogas por parte de Yuran fora da escola.

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