terça-feira, 20 de agosto de 2013

Escola vai discutir situação de aluna


Escola vai discutir situação de aluna

Publicação: 20 de Agosto de 2013 às 00:00

Rafael Barbosa - Repórter

A direção da Escola Estadual Belém Câmara vai tentar, junto ao Conselho Escolar, a transferência da estudante de 15 anos, do 7º ano da escola, que ameaçou uma professora em sala de aula. O fato aconteceu na sexta-feira, 16, será investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento ao Adolescente (DEA). A adolescente que confessou ter levado a arma para a Belém Câmara permanece em liberdade, sob a custódia da mãe.
Adriano AbreuCom 552 alunos, a Belém Câmara, na Cidade da Esperança, teve dia normal de aula nesta segundaCom 552 alunos, a Belém Câmara, na Cidade da Esperança, teve dia normal de aula nesta segunda

A escola no bairro da Cidade da Esperança, onde 552 alunos estão matriculados, manteve expediente normal no dia de ontem. O único cancelamento promovido pela coordenação foi no sábado, quando haveria uma festa dos estudantes. Jailson Josué Amorim, diretor da instituição de ensino, disse que já foi procurado por cinco pais de alunos diferentes, que exigiram a revista nas bolsas das pessoas que circulam no prédio.

“Mas ainda vamos debater a viabilidade desta medida. Seria necessário que os responsáveis pelos jovens assinassem um documento permitindo a ação”, explicou Jailson Amorim. Na tarde desta  terça-feira, 20, direção, pais e Secretaria de Educação, através do Núcleo de Educação para Paz nas Escolas, vão se reunir para definir as providências a serem tomadas.

João Maria de Moura, diretor do Núcleo, disse que as reuniões acontecem rotineiramente, mas esta que ocorre hoje trata de forma específica do ocorrido na sexta passada. “Vamos ver as demandas dos pais para saber o que podemos fazer quanto a esses anseios”, explicou. Com relação à segurança, Jailson Josué disse que nada foi mudado. “O Governo retirou os guardas patrimoniais das escolas. Temos aí dois porteiros pela manhã e um à tarde. E a Ronda Escolar também continua circulando por aqui, como sempre fez”, relatou o diretor da escola Belém Câmara.

O delegado Pedro Paulo Falcão, da Delegacia de Plantão Zona Sul, disse que encaminhou o processo ainda na sexta-feira para a DEA. Falcão realizou a primeira oitiva com a garota, quando ela confessou ter levado o revólver para a escola para “dar um susto” na professora Norma Suely. Do outro lado, a educadora afirmou ter sido ameaçada de morte pela estudante. A delegada Adriana Shirley, titular da DEA, confirmou que ainda não recebeu o inquérito.

Ronda Escolar reduz violência na escola

Desde que foi implementada, em 2010, a Ronda Escolar da Polícia Militar atendeu 320 ocorrências, sendo 136 dessas ações violentas. O programa foi criado com o intuito levar segurança para as proximidades das escolas, visando minimizar  a ocorrência de crimes nesses locais. E tem conseguido.

O major Arthur Emílio confirmou que a média mensal de ocorrência, por ano, tem caído desde que a Ronda começou a atuar. De 7,14 em 2010 passou para 3,1 no ano passado. Nesse período houve redução de 56,5% na média mensal.

“Na semana passada registramos essa mais grave na Cidade da Esperança, mas não é rotineiro”, confirmou. O programa atende a 421 escolas, entre instituições federais, estaduais, municipais e particulares, nas quatro regiões de Natal. As estaduais são responsáveis pela maioria das ocorrências, atingindo a patamar de 45% do total, e é na zona Leste onde acontecem a maioria delas, 35% dos casos.

Memória

Com um revólver calibre 38, carregado, em mãos, a estudante de 15 anos da Escola Estadual Belém Câmara, no bairro Cidade da Esperança, Zona Oeste de Natal, ameaçou a professora de matemática Norma Suely, de 51 anos. Após ser impedida de atirar na educadora por um guarda patrimonial, ela disparou acidentalmente contra o próprio pé. A professora não teve ferimentos e a adolescente foi levada ao pronto-socorro Clóvis Sarinho, onde recebeu atendimento. O incidente ocorreu às 13h30 da sexta-feira,16, e o motivo teria sido uma discussão no dia anterior. Na delegacia, a garota disse que não tinha intenção de matar Norma Suely, mas sim “dar um susto”, e declarou-se arrependida. De acordo com o delegado Pedro Paulo Galvão, a adolescente foi autuada por ameaça e porte ilegal de arma. Após ser ouvida, ela foi encaminhada para fazer exame do corpo de delito no Instituto Técnico Científico de Polícia (Itep). Em seguida foi liberada.

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